OBAMA, NEW YORK TIMES E A (POSSÍVEL/PROVÁVEL) VITÓRIA DEMOCRATA!

Antes do assunto em si, um breve parêntesis:

Algumas pessoas se questionam por que nos EUA há tanta liberdade de expressão, especialmente quando se fala na relação entre mídia, política e eleições. Para mim, basta dar uma olhada na história das duas nações para facilmente descobrir o porquê desta diferença. A começar pela constituição.

Lá, na deles, a liberdade de expressão é um dos (senão o) princípios mais valorizados. Além disso é defendido com unhas e dentes por quem tem poder para defendê-lo. Provavelmente em nenhum momento da história norte-americana este princípio foi alvo de ataques mais sérios que o colocassem em vias de extinção. Além disso, a atitude dos ianques em relação à responsabilidade coletiva é (muito) mais séria que a nossa. E há também o fato de os Estados Unidos nunca terem vivido um estado de exceção, como aqui no Brasil já vivemos, inclusive com requintes de crueldade. Estas são algumas das razões que consigo enumerar sem pesquisar profundamente o assunto.

Assunto em si
Como resultado da liberdade que lá existe os jornais e veículos de mídia podem declarar apoio abertamente a candidatos a cargos eletivos. E o fazem, especialmente quando o assunto é a chefia da Casa Branca. Um fato curioso, motivo e assunto em si deste texto são as declarações de apoio do jornal New York Times aos candidatos a presidente ao longo dos anos.

Desde Abraham Lincoln, em 1960, a John Kerry, em 2004, este ilustre periódico já endossou (como eles dizem lá, endorse) a candidatura de 38 candidatos. Destes, conseguiu ver eleitos 23. Não é um percentual extraordinário de "acertos", mas ainda assim é maioria (60,52 %). Este ano é a vez de Barack Obama e, a julgar pelo percentual do NYTimes e pelo que dizem as pesquisas, tudo conspira a favor de que pela primeira vez um negro, e não 100% norte-americano, vença a corrida presidencial nos EUA.




Assim como foi com Lewis Hamilton ontem (domingo 02/11), Obama deve fazer história. E esperamos (eu e as pessoas de bem do mundo inteiro), que venha a fazer parte da galeria de vultos da humanidade da qual fazem parte Mandela, Luther King, Gandhi, Lincoln e tantos outros em contraposição a figuras da estirpe de Stalin, Mussolini, Hitler e (blargh!!!) Bush filho (não que o pai tenha sido lá estas coisas).

E como você percebeu, este humilde blogueiro também endossa a candidatura de Obama, com a (vã?) esperança de que não seja uma grande barca furada. Em outras palavras, o mundo precisa que Obama, caso eleito, seja o que o mundo precisa que Obama, caso eleito, seja. Se é que você me entende.

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Foto obtida do album de Barack Obama no Flickr, não consegui identificar o autor.

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