Watchmen Capítulo I - Breves Considerações

Ao lado, capa da 1ª edição da HQ, via CBR 

Como você que acompanha o com!pensar já sabe, no dia 09/03 está programado para estrear nos cinemas do Brasil a adaptação para cinema de uma das mais aclamadas séries de histórias em quadrinhos de todos os tempos: Watchmen. A pendenga judicial que havia entre a Warner e a Fox já foi resolvida e nada indica que haverá algum atraso.

Se você gosta e acompanha e entende um pouco de HQs, já deve saber do que se trata a série dos "homens relógio (ou observadores)". Se não, a partir deste artigo, e em mais outros 3, passará a conhecê-la e, quem sabe, vai ficar mais preparado para apreciar melhor o filme.

Contextualização
Abaixo, o pai da criatura, Alan Moore, via Antigravidade
Nos idos dos anos 80, mais precisamente em 1986, um já famoso autor de quadrinhos, Alan Moore, criou uma história de heróis que não era exatamente uma história de heróis, não era voltada para o público infanto-juvenil, como era normal então, e era de uma complexidade cheia de nuances, referências histórico-culturais e ironias.

Lançada em 12 capítulos mensais - nada mais, nada menos, e só - não demorou muito para a série atingir o status de obra prima. Ela contava a história de super-heróis de uma perspectiva mundana, quase realista, e não fantasiosa (embora eles usassem fantas... quero dizer, uniformes), como ainda são a maioria dos gibis de sucesso. Com exceção do dr. Manhatan, os heróis eram pessoas comuns, a exemplo de um certo Cavaleiro das Trevas. Aliás, um deles, o Coruja, era claramente inspirado em Batman.

A história tinha como influência a Guerra Fria, e no frigir dos ovos acabava por fazer uma crítica à política, às pessoas e, também, às próprias histórias de super-heróis. Aqui vai um parêntese para avisar que não posso contar muito da história, já que há um certo suspense/surpresa quanto ao final. Se quiser saber, leia a HQ ou assista ao filme.

Com Watchmen os heróis deixaram de vez a perfeição. Todos tinham suas virtudes, mas também tinham muitos defeitos: mulherengos, fumantes, perturbados mentais, megalomaníacos, inseguros e por aí vai. A série também não era só quadrinhos. Em cada edição havia textos que ajudavam o leitor a entender o que estava acontecendo. Mas não textos didáticos. Textos jornalísticos, na forma de matérias de jornais, ou textos acadêmicos, na forma de artigos ou livros. Havia ainda uma sub-história, que aparentemente nada tinha a ver com a história principal, mas que também a complementa (ou será que não?).

Grandes Influências
Ao lado,  capa de uma das edições da série Marvels, via Comicoo 

De verdade, Watchmen não é uma leitura fácil. Não é como pegar o último gibi do Homem-Aranha e destrinchá-lo em uma ida ao banheiro. É necessário tempo, pra ler e pra assimilar. Mas, ao final, ter-se-á apreciado uma obra que ainda hoje influencia a cultura pop. Só para citar 3 bons exemplos: a série Marvels, editada pela Marvel em 1994, a série Guerra Civil, lançada pela mesma editora em 2008, e a série de TV Heroes, cuja primeira temporada, em 2006 nos EUA, é, vamos dizer assim, uma "homenagem" à obra-prima de Alan Moore.

Próximos capítulos: sinopse e personagens, o autor e o filme.



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