Comunicação nazista? Que Goebbels, que nada!

Interessante como é muito fácil, mas fácil mesmo, se equivocar em relação a fatos e acontecimentos de toda espécie, mesmo os relativamente recentes. Esta semana mesmo tive a oportunidade de me “desequivocar” sobre alguns aspectos do nazismo de Hitler e sua turba, graças a uma microssérie em 2 episódios exibida no  History Channel , 2ª e 3ª feira (14 e 15/01/2008).

Muito bem produzida, “Hitler: a Ascensão do Mal”, relata a vida do fürher desde sua infância, até o momento em que assume o poder absoluto, dando início ao que ele chamou de “Reich dos Mil Anos”. Com atores de 1ª linha e uma magnífica reconstituição de época, além de contar com a chancela do History Channel, as informações históricas passadas pela série são autênticas, a julgar por uma breve pesquisa que acabo e fazer.

Que Goebbels que nada!
Eis então que, aos poucos, vou me dando conta de que não foi Joseph Goebbels, o poderosíssimo ministro da Educação do Povo e da Propaganda, o grande responsável pela criação da simbologia nazista e de uma parte do aparato comunicacional dos nazistas. Ora, uma pequena mas importante parte desta tarefa singela coube a ninguém mais que o próprio Hitler, seguindo instruções de uma figura que até então me era completamente desconhecida: Ernst Hanfstaengl (em inglês), um ilustre editor de livros de arte (na foto, à esquerda).

Segundo a produção, foi ele quem sugeriu a Hitler a criação de um símbolo que representasse visualmente os ideais nazistas e a adoção de um visual que o caracterizasse. O fürher, uma figura ainda em ascensão dentro do partido, teria usado seus dons artísticos para criar o símbolo da suástica (aquela mistura de cruz com catavento), e também teria produzido seu visual com um dos bigodes mais famosos do século XX.

Também de acordo com a série, Hanfstaengl teria feito um comentário que levou Hitler a mudar o nome de seu livro (que seria toscamente comprido) para o simples e eficiente “Minha Luta”. Aliás, em determinado momento o próprio líder nazista sugere que o editor se torne seu secretário de imprensa, quando eles assumirem o poder.

Heil!?
Naturalmente Goebbels teve um papel crucial na estruturação definitiva da máquina de propaganda do novo Reich. Ninguém em sã consciência há de negar isto. Claro, também, que Hitler tinha uma aura de liderança extremamente forte, um extraordinário dom para a oratória e um senso de oportunidade muito aguçado. Estas qualidades, aliadas a uma estratégia política bem arquitetada e a uma conjuntura sócio-econômica favorável às idéias nazistas, levou os alemães a embarcarem na viagem lisérgica, e com total falta de “absolutamente”, que foi o nacional socialismo capitaneado pelo alemãozinho austriacozinho enfezado!

Corrijam-me se eu escrevi besteira!


<< Heroes e House: Duas Séries Com 'H' MaiúsculoStar Trek: o início da última fronteira >>


Comentários

  1. Prezado,

    Hitler não era alemão, e sim austríaco - o que só torna ainda mais absurdo todo o imbroglio nazista...

    ResponderExcluir

Postar um comentário