Fómula 1, Ferrari, FIA e quando grandes marcas entram numa briga de foice


 Imagem/Foto: Patrick Nijhuis / stock.xchng

Eita mais um domingo de Fórmula 1 sem graça. Pra variar o britânico levou o caneco e o pé-de-chinelo amarelou. Mas o assunto mesmo não é o grande prêmio da Turquia (07/06, domingo), e sim o que a comunicação tem a ver com as brigas entre a associação das equipes (FOTA, sigla em inglês) e a FIA - Federação Internacional de Automobilismo, organizadora do campeonato.

Para resumir: a FIA quer(ia?) definir um teto de gastos por equipe e os principais times não concordaram. Eles amaeaçaram abandonar o campeonato e a federação deu de ombros até o último momento. No final parece que tudo vai se ajeitar e pouca coisa vai ser realmente diferente.

Acontece que, do ponto de vista do simbolismo, da força e da simbiose entre as marcas envolvidas, não seria fácil para nenhuma das partes chutar o pau da barraca. Ora, a Fórmula 1 tem décadas de tradição, uma marca mais que consolidada e (re)conhecida mundialmente. No entanto, a construção desta marca, da forma como é percebida hoje, não teria sido possível sem a participação de nomes como Ferrari, McLaren, Williams, BMW, etc - para não falar nos grandes pilotos. Na verdade, o duelo era (é) entre quem tinha a(s) marca(s) mais forte(s): FIA ou FOTA.

Uma marca mão lava a outra
Se esta última mantivesse a posição de não participar do campeonato do ano que vem, ela teria dificuldades (amenizadas pela quantidade de dinheiro disponível) para consolidar uma nova categoria de ponta mundialmente. É só ver que a Fórmula Mundial não deu certo, e a Indy não vai muito além dos Estados Unidos.

No caso inverso, de FIA não arredar o pé das mudanças inicialmente propostas, o risco de perder boas e polpudas verbas junto com visibilidade e publicidade era muito grande. Já imaginou, por exemplo, a Fórmula 1 sem a Ferrari? É a mesma coisa que a Copa do Mundo sem bola, digo, Nike Brasil, perde a graça.

No final das contas, entre outras razões, ambas as querelantes devem ter levado isso em conta para decidir que o melhor mesmo era fazer o que sempre fizeram: mudar pouca coisa pra ficar tudo como está. E quem perde somos nós, que sempre (?) vamos ter uma Fórmula 1 de cartas marcadas.

Mas não fique triste, veja o vídeo abaixo e relembre dos bons tempos da categoria (Ayrton Senna f*#endo com a corrida do Nigel Mansell, com narração hilária em japonês):






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Comentários

  1. eles não concordam, mas seria bom estimular um teto de gastos para todas as equipes. Assim as pequenas também tẽm condições de disputar de igual pra igual com as grandes. Embora a Brown esteja na batalha em 2009. Mas o teto seria ótimo, ai veriamos quais são as equipes com os melhores engenheiros e tudo mais.

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  2. Meu cunhado pensa da mesma forma e estou quase concordando com vocês!

    Abraços e obrigado pelo comentário!

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